sexta-feira, 20 de agosto de 2010

SANTA COLINA - PINOT NOIR 2009

Este vinho foi encontrado no carrefour, a 10,90. É um vinho gaúcho da região da fronteira, em santana do livramento, paralelo 33. O vinho como todos da Santa Colina, tem taninos afiados, puxa e não evolui com aeração agora em 08/2010. Ele representa bem o tipo de uva pinot noir, mas é muito jovem para esse tipo de uva, pela qualidade dos taninos, este tinto avermelhado deve poder ser guardado por pelo menos uns 5 anos, mas em uns 2 deve estar mais agradavel. Gosto muito dos produtos de santana do livramento, mas não chego a ser um entusiasta de vinhos gaúchos. Pelo preço, muito próximo aos de vinhos de sabor garantido, para mim não é uma boa opção imediata. Mas vai ficar uma garrafa la quardada. Vinhos 2009, 100% pinot noir como esse são perfeitos para quem tem uma adega grande com boas condições de umidade e temperatura e controlar a evolução de um vinho desses. Imagino que é um investimento, devendo-se comprar uns 20, abrindo-se de 6 em 6 meses uma garrafa, como qualquer investimento pode-se lucrar algo sem preço definido, ou apenas se tomar um vinho vermelho que não seja fantástico. É um vinho aparentemente bem saudável, feito por processos modernos de plantio, manejo e colheita, mas vinhos pinot noir precisam de tempo para que seus taninos amadureçam, e são conhecidamente os que mais chances tem de abrir, o tão procurado por mim, bouquet de sabores, justamente pela presença dos taninos (do tipo que se fracionam com a maturação e descanso adequados). 

O tanino é inicialmente como um cacho de uvas meio verde, disforme, com grãos pequenos e juntos, amargos muito presos ao grupo. Ao amadurecer pelo tempo, os taninos perdem as arestas vivas e se tornam conjuntos arredondados, macios, em proporções, de acordo com as proporções das cepas de que o vinho é composto, por isso um vinho de apenas uma cepa, como 100% pinot noir pode ser mais controlavel. Ao ter taninos maduros, amadurecidos pelo tempo de guarda em temperatura e claridade ideal que esses "cachos" passaram, e ao entrarem em contato com o ar ao abrir a garrafa, começam a desprender seus grãos, em grupos grandes e pequenos, variados em seus formatos, que se conectam aos receptores sensoriais na boca e nariz, como milhares de possibilidades de chaves "mixas" que mimetizam o que uma parte dos nossos milhares de receptores precisam para serem estimulados, inclusive receptores que talvez nunca tenham sido estimulados por nada, por não terem aparecido as chaves certas, estes estejam virgens. Dessa forma um belo bouquet pode criar sensações nunca antes sentidas.

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